A missão em parceria do Centro Polar e Climático (CPC) e Terrantar (Ecossistemas Terrestres da Antártica) foi realizada no mês de janeiro de 2017, entre os dias 2 e 25. Participaram da expedição a Pós-doutoranda Caroline Delpupo Souza (TERRANTAR), a doutoranda em Sensoriamento Remoto Maria Eliza Sotille (CPC) e a doutoranda em Geografia Carina Petsch (CPC). A expedição foi realizada na Baía Esperança (Península Antártica), e as pesquisadoras ficaram acomodadas na Base Científica Esperanza (Argentina).
As atividades desenvolvidas se voltaram para a instalação de sensores de monitoramento da temperatura da neve, gelo e rocha nas profundidades de 5, 20 e 35 cm ao longo de dois transectos de 100 m. Também foi instalado um radiômetro que mede o balanço de energia entre a radiação de onda curta e onda longa e a radiação que é refletida pelo terreno. Assim, a correlação entre a energia da superfície e a variação na temperatura de gelo, rocha e água servirá para analisar a influência desses parâmetros na dinâmica térmica e hídrica do permafrost.
Foi feito ainda coleta de dados de temperatura e umidade do solo e do ar em um sítio de estudo da camada ativa e permafrost do Núcleo TERRANTAR, instalado em 2011. Os dados coletados comporão a malha de sítios de monitoramento espalhados por diversos pontos de interesse no continente antártico. A Baía Esperança representa um ponto-chave nos estudos da dinâmica térmico-hídrica da camada ativa na Antártica, já que se localiza em uma zona de transição climática entre a Antártica Marítima e Continental.
Foi realizado um levantamento da área com imagens obtidas com um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) utilizando câmeras no comprimento de onda do infravermelho próximo e do visível. Será realizado processamento das imagens para posterior classificação temática e identificação de feições geomorfológicas.
Agradecimentos aos professores Ulisses Franz Bremer (CPC/UFRGS), Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud Schaefer (TERRANTAR/UFV) e André Medeiros de Andrade (CPC/UFVJM) que apoiaram a realização das atividades e ao INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) da Criosfera pelo financiamento do projeto.
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